Palavra que pode andar por aí vazia. Empatia pode ser, numa noite fria, a doação de um cobertor para uma pessoa que está morando na rua, pode ser chorar quando alguém chora ou até mesmo lutar por uma causa que não é diretamente sua, mas, enquanto ser social e coletivo, é sim sua também.
A empatia pode ser um pouco mais detalhada e sutil, ouvir uma pessoa até que ela tenha terminado de falar e não ter um conselho pronto e rápido, mas suspender o tempo, segurar o seu momento, compreendendo-a.
Quer dizer, é enxergar além do que parece certo ou errado, verificar contextos e, diante do erro do outro, se provado o erro, conseguir emitir sua opinião sem destruí-lo. É claro que é um exercício muito difícil, todos os dias penso em cada ação que pratico, não por ser um ser elevado e superior, mas por sentir que é meu dever me moldar para o mundo – e não aquele mundo onde uns têm privilégios e outros nada – me moldar para o mundo que desejo ver.
Aquela ação pequena, desde lavar a louça que sujei para entregar uma pia limpa ao próximo morador que utilizá-la, até a necessidade de responder cada mensagem pertinente e, às vezes, as impertinentes que têm salvação, rs, que recebo. Aí eu paro e reparo: a empatia é um dever. Empatia faz sim parte do nosso Dharma, a lei, o dever.
Se cada um mantivesse aquilo que o outro plantou ou melhorasse o que se pode melhorar e não pensasse que “esse não é o meu trabalho”, estaríamos mais próximos daquela sensação gostosa que muitos chamam de Deus. Sem cair no perigoso perfil do “generoso”, da psicologia, que, no fim do dia, deseja apenas massagear o próprio ego.
E quando me deparo com uma situação em que faltei com empatia, por distração ou incapacidade, consolido ainda mais sua importância, para não esquecer como agir numa próxima ocasião. É claro que não há ninguém perfeito, não sabemos se, ao final desta jornada, encontraremos um paraíso e não parece ser essa a promessa que nos deve motivar a agir.
Pelo contrário, aqui na Terra, nesta vida, para quem acredita que só há esta vida e para quem acredita em reencarnação, a única oportunidade possível é entregar o seu, o meu melhor para todos. E, se falharmos em alguns momentos, que eles nos possam entregar o perdão, que em outro momento lhes foi oferecido, assim a empatia se completa, é o verdadeiro espelhamento, reverberação de um sentimento.
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